Twitter é piar em inglês. Mas espiar é uma das coisas que explicam seu enorme sucesso. É uma divisão de conteúdo virulenta e violenta. E como as pessoas e celebridades digitais não se agüentam e twittam até para contar que estão com fome a gente acaba por ficar espiando a vida dos outros. E por isso concordo que o termo é seguidores mesmo. Pois ficamos seguindo e espiando.

Mais legal ainda é perceber que estas celebridades digitais ou mesmo os normais ficam com o Iphone na mão e twittam (tuitam ?) na base da reação e da emoção. Isso é um perigo para quem twuitta e uma delícia para quem segue.

E assim passam-se as horas com a gente espiando o que aquele antigo carinha da Plug In anda fazendo em Miami, o que aquela descolada colunista do Blue Bus anda fazendo em London, o que o próprio ônibus azul anda publicando e assim por diante.

Pois é, tá todo mundo piando. Ou melhor… tuitando. Ops, seria Twitando ?

Bem, já entrou no Twitter ? Não ? O Twitter é microblog, ou um torpedo web, ou uma rede social ou, hummmm… Apenas um site que faz apenas uma pergunta e para a qual vc tem apenas 140 caracteres para responder. What are you doing ?

Virou febre. Justamente por que te ensina (obriga ?) a ser objetivo e não prolixo. Te diz assim: “ei, qualé, pare de enrolar. Vamos direto ao assunto” . Isso é uma boa definição.

Claro, os superstars da web e pioneiros do Twitter e cheio de seguidores se dão ao luxo de achar que nós, pobres mortais, vamos mudar nosso dia ao saber que eles “estou com fome” ou “que dúvida sobre minha palestra”. Ops… Acaba de acontecer duas coisas no intervalo que fiz na escrita deste post. Achei curiosamente curioso saber que uma editora que admiro muito está com fome em Londres justamente agora. E eu mesmo vou tuitar com a minha dúvida sobre minha palestra de quinta. Quem sabe alguns de meus seguidores não estarão lá na primeira fila e sabedores de minhas dúvidas me apoiarão em caso de fracasso ? [...]